Calizada por Judith Coates
7 de Julho de 2019
Amado, quando eu dei o que
hoje é conhecido como a Oração do Senhor, era para ser um exemplo, uma
estrutura sobre a qual você teceria sua própria oração. Comecei com Nosso Pai,
pois era no dia e na hora em que o Pai era considerado o chefe da família. Agora,
no ponto no tempo e na compreensão de onde você se vê, pode muito bem ser Nossa
Mãe, Criador Divino, Fonte de Tudo. E porque há uma intimidade compreendida,
uma familiaridade, em falar com o Pai, escolhi esse texto como um exemplo. “Pai
nosso, de quem viemos e em cuja semelhança fomos criados.”
Pai Nosso: Não apenas meu
Pai. Nosso Pai, universal. Pois toda oração, para ser verdadeira, deve ir além
do singular, onde se veria a separação, para ir ao espaço do reconhecimento e
da lembrança da Unidade de todos.
Nosso Pai, que estais no
Céu: o Céu, um reino da Unidade da santidade, da expansão além da
especificidade da individualidade, da personalidade, da vida, de qualquer
conceito mental. Céu, totalidade infinita e sempre em expansão.
Santificado seja o Seu nome:
Santo, íntegro, perfeito, completo. Santo é a Sua natureza. Perfeição,,
Totalidade é Sua essência. Essa é a natureza Daquele que o trouxe - e é a sua
natureza por direito de nascença divino.
Que venha o Vosso reino: o
reino do Amor, ilimitado, amor incondicional que vê a todos como o Filho belo e
radiante. Venha o Seu reino. Não como um pedido, pois você não está negociando
com o seu Pai. "Venha o Seu reino", como seja feita a Sua vontade,
tanto na terra como no céu. Pois, de fato, o Reino está vindo para a Terra como
é no Céu quando você se lembra que a vontade do Pai é somente Amor - puro,
expansivo, Amor incondicional - onde quer que você se perceba estar.
Dá-nos hoje o nosso pão
diário: Mais uma vez, não é dito como um pedido, mas como uma declaração da
verdade. "Forneça-nos todos os dias o nosso pão de cada dia." Pão
para o corpo, mas mais do que isso, o pão da compreensão, o alimento, a
nutrição da alma. “Dê-nos o nosso pão de cada dia” - de momento a momento,
diariamente.
E permita-nos beber da água
da Vida: Essa linha não está registrada em suas Escrituras, pois um de vocês,
ao copiar os escritos antigos, omitiu essa linha. Foi no final da sua mudança e
você saiu, e quando você voltou no dia seguinte você pegou a próxima linha.
E permita-nos beber da água
da Vida: a água nutritiva e refrescante que nutre o corpo e a alma.
Perdoe-nos as nossas
dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores: O Seu Pai o
perdoa em qualquer lapso momentâneo de recordação, pois Ele não conhece o lapso
de recordação. Seu Pai é Amor. Você é Amor, e quando você dá amor no perdão -
pois isso é verdadeiramente o que o perdão significa: dar amor, em lugar da
compreensão limitada - quando você perdoa os outros o que você julgou como um
mal-entendido momentâneo, você se permite viver no espaço do Amor ilimitado e
incondicional, e você mesmo conhece o perdão.
Não é uma troca. Não é que,
se você for bom o suficiente para perdoar todos aqueles que julgou terem
cometido erros, de algum modo você será bom o suficiente para que seu Pai o
perdoe. Não é uma troca. É uma verdade: quando você está vivendo no julgamento,
não perdoando o outro, você não está sabendo amar a si mesmo. Mas quando você
perdoa os outros e lhe estende o Amor do Pai, você conhece este Amor por si
mesmo, e imediatamente qualquer coisa que você tenha julgado faltar ou culpar é
liberado, dissolvido, esquecido, perdido para sempre.
E não nos deixeis cair em
tentação, mas livrai-nos do mal. Seu Pai nunca o conduzirá à tentação. Ele não
conhece a tentação, pois isso se baseia no conceito de dualidade. Um melhor
resultado seria “não nos deixes cair em tentação”, pois verdadeiramente, quando
você volta o foco de sua atenção para o Pai, toda a dualidade se dissolve na
Luz de Sua Unidade, de Seu Amor, e você é liberto da possibilidade de que possa
haver tal ideia como o conceito do mal. “E não nos deixes na tentação, mas nos
livre do conceito de separação à medida que nossa consciência do Seu amor nos
envolve.”
Sempre que você orar, vá
primeiro ao espaço do coração, ao espaço da paz, tendo liberado, pelo menos
momentaneamente, todas as preocupações, as restrições, os julgamentos do mundo.
Vá primeiro ao espaço do coração e conheça a paz profunda que é sua.
E quando você orar, ore
acreditando que o que você pedir já é seu, pois é verdade. Não há nada que o
Seu Pai lhe possa negar. Como o sagrado Filho Criativo, você produziu todas as
suas criações e suas experiências. Você seleciona certas experiências; você as
experiencia para ver como elas se encaixam. Mas o Amor que você procura é
sempre seu. O Amor que você procura pode ser encontrado no silêncio da oração
do seu coração.
Quando você se cansar da dor
e do sofrimento do mundo, volte para o espaço do coração e ore a respiração da
alma. Ore ao Pai que nunca, nunca poderá abandoná-lo. Que está lá, na verdade,
para suprir todas as suas necessidades.
Agora, há momentos em que
você rogaria, no pensamento limitado, por coisas específicas, e pediria ao seu
Pai o que Ele não tem em específico para lhe dar. Em outras palavras, não ore
ao seu Pai pelo veículo, pela moradia, pois Ele não tem isso em específico para
lhe dar. Eles são criações dentro da sua aventura. Mas aquilo que Ele tem já é
seu. Aquilo que Ele tem está além do valor do mundo. Aquilo que ele tem é dado
gratuitamente, e é a pérola de grande preço.
Ele lhe dá livremente a
vida, a consciência, a criatividade, que é o seu direito nato natural. Então
você usa a consciência e a criatividade e as aplica em coisas específicas que
você veria em sua vida. Ore acreditando que você já as tem, pois de fato você
as tem.
Se você quiser conhecer a
beleza das nuvens, não mantenha a cabeça e os olhos abaixados. Se você deseja
conhecer o Amor do Pai, permita-se os momentos de oração, onde Ele deve ser
encontrado. Se você quer conhecer o Amor do seu Pai, permita-se o tempo, o seu
precioso tempo, para se concentrar na paz, na beleza do coração e na beleza na
forma manifestada, em vez de se concentrar no que aparentemente está faltando
ou errado. Pois, à medida que você se concentra no que parece estar errado,
você nega naquele momento o desejo do coração.
Permita-se os tempos de
oração, de oração verdadeira. E quando o fizer, amado, você será muito
recompensado. Pois você é amado com um Amor eterno que o mundo não pode
conhecer e não valoriza. Mas você não é do mundo. Você é do seu Pai, e Ele
espera por você no espaço da verdadeira prece.
Fonte:
Tradução:Regina Drumond -
reginamadrumond@yahoo.com.br
Bênçãos de Amor e Luz
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