Filhos,
Que a partir desse momento
resplandeçam na mais cristalina paz. Antes de adentrar a essas palavras,
procurem um ambiente quieto, onde possam ler por um breve momento, como se
estivessem em uma pequena meditação do dia, um tempo que tiram a se renovar de
tudo aquilo que está a os afligir. A partir desse momento, apenas esse silêncio
existe entre nós. Tudo o mais se paralisa por uns minutos. É um tempo de
quietude e reflexão. Estejam nessa paz, na mais pura paz que resplandece a sua
alma em toda perfeição.
Agora que estamos sintonizados,
que estamos nesse nível de vibração de paz interior, onde os vejo brilhando,
irradiando luz cristalina, de um momento de quietude interior, podemos iniciar
o nosso diálogo fraterno de hoje, pois vim a falar novamente sobre a
experiência na matéria.
Continuamos um conjunto de
lições sobre como deve ser vista a vida material sob a perspectiva da
eternidade do espírito. Esse será o nosso propósito no dia de hoje. Transmitir
paz à mente tão agitada, para que encontrem essa paz em seus dias de dúvidas,
de ansiedade, de medo e aflição. Que estejam preparados à desconstrução de tudo
aquilo que pensam ser, de tudo que se vinculam através de sua personalidade.
Esses sentimentos, unidos ao
Eu inferior, que são tão humanos, tão característicos da experiência humana, as
emoções aflitivas que se transfiguram muitas vezes em raiva, ira, ódio,
revanchismo. Todos esses sentimentos que os tiram desse estado de paz e
plenitude que vivemos nos reinos ascensos, um estado da mais pura paz interior.
Mas sentimentos esses, que devem ser vividos sem apegos, sem vínculo a vocês
mesmos. São emoções que servem justamente a os desconstruir, para que retornem
nesse processo de purificação à mais pura essência Eu Sou cristalina.
Mas questiono se já se
perguntaram acerca da origem desses sentimentos tão humanos: Porque eles ainda
os acompanham? De onde vêm esses sentimentos humanos tão característicos, que
se desdobram na forma de um personagem, que se identifica com a sua história,
que luta pelo que é, e para se manter nesse estado. Tudo isso, meus irmãos,
deve ter uma raiz profunda em nossa alma. Mas qual será esse caminho comum que
tantas dúvidas e anseios nos causam na vida material?
A vida material, filhos, é
um caminho que a nossa essência escolhe, justamente para que possamos nos
desvincular de tudo aquilo que fomos e, assim, possamos nos encontrar dentro
dessa desconstrução da própria personalidade. Ao entrarmos na experiência
material e planetária, já trazíamos em nosso ser uma identificação daquilo que
éramos. Havíamos criado um personagem, o qual não seríamos capazes de nos
desvincular senão por uma experiência que nos conduzisse com profundidade a nos
encontrar em todos os nossos anseios, em nossas dúvidas, que iniciasse em nós a
desconstrução do Eu que pensávamos ser, e que trouxemos junto de nós.
A alma, filhos, agrega
conhecimento ao longo da eternidade de sua existência e, assim, cria para si um
personagem de sua história. Personagem esse que precisa ser desconstruído,
justamente para que, da união das dimensões, haja um perfeito acoplamento da
presença Eu Sou, que é nada mais que a nossa verdadeira essência, existente
também em outras dimensões. Apenas com a desconstrução desse Eu, que surge a
partir da história de nossa alma, é que iremos abandonar tudo aquilo que o
personagem criou e, assim, possamos nos tornar a nossa própria verdade.
Personagem esse que se reflete na experiência planetária, e nos causa tanta
dor, tanto apego e sofrimento, porque está vinculado ao nosso registro cósmico
de alma.
Esse é o objetivo da
experiência material, a desconstrução do nosso Eu cósmico, para que resplandeça
a pureza cristalina de nosso ser. A experiência humana, filhos, destina-se a
isso, à desconstrução de seu Eu cósmico através do processo de purificação da
alma. O Eu cósmico, que é a personalidade histórica adquirida nas experiências
vivenciadas pela alma, é desconstruída inteiramente diante da dureza do
processo da vida tridimensional. Todos os valores, conceitos, tudo isso é
transmutado ao longo das vidas.
E tudo isso, amados, é feito
por meio de ciclos, que são repetidos em nossas vidas, muitas vezes em inúmeras
vidas. Ciclos esses que nos conduzem a perceber que, aquele aspecto que
estávamos mantendo como um vínculo energético de nossa personalidade, necessitava
ser desconstruído. Tínhamos que quebrar esse ciclo que nos mantinha distantes
da nossa verdadeira essência. Esse ciclo é vivido, aglutinado, e rompido
através da iluminação interior. Transformamo-nos nesse aspecto, no vazio do
amor, que se converte na luz interior mais profunda que podíamos produzir.
Ciclos esses, amados, que
são nada mais que a própria manifestação do apego a esse Eu cósmico. A
identificação com nossa própria personalidade, adquirida ao longo dos tempos e
experiências, e os ciclos em nossas vidas, nos demonstram justamente os pontos,
os vínculos que lutamos para não liberar de nossa própria personalidade. A
insistência nesses ciclos nos conduzirá à dor e sofrimento, ao medo, ao anseio,
para que então, já cansados, possamos nos iluminar, esvaziando a nossa
personalidade para que resplandeça a luz.
O ciclo de vidas
planetárias, amados, é um ciclo de purificação, onde vamos desconstruindo o
nosso Eu histórico cósmico que refletia na personalidade humana. Esse Eu
cósmico se esvai diante das experiências materiais planetárias, e nosso ser se
esvazia permitindo uma conexão muita mais profunda com a criação, já
desvinculada de qualquer identificação com a nossa própria personalidade.
É por esse motivo, meus
nobres, que a vida planetária nos põe diante de desafios tão profundos da alma,
porque o trabalho de desconstrução do Eu cósmico é um exercício de repetição de
ciclos, que trabalha as profundezas dos nossos registros, aglutinando-os em
sabedoria e os iluminando, ao caminho da purificação interior mais profunda que
já tivemos.
O ser chega à vida
planetária vinculado ao seu Eu cósmico, e ao longo dos ciclos que são
repetidos, inicia a sua desconstrução, a partir da repetição de vidas, da
inserção nos ambientes familiares, e da própria imersão da consciência no
ambiente planetário material. Assim é feita a purificação no sentido da
desconstrução do Eu cósmico em nível de alma, e de tudo o que nos restringia.
Assim é o processo de purificação na Terra, um trabalho de desconstrução de nós
mesmos.
Tornar-se, portanto, um
mestre ascenso, filhos, é desconstruir-se totalmente, abandonando tudo aquilo
que pensamos ser, tudo aquilo que almejávamos para nós. É simplesmente o
liberar, para que a única verdade seja essa paz, essa alegria, um amor profundo
desmotivado e incondicional. Tornar-se um mestre é aceitar sua própria
desconstrução da personalidade, abandonando a sua própria consciência para a
unidade e unificação às energias de dimensões diversas que somos nós mesmos.
O estado de paz de um reino
ascenso, nada diz sobre a dimensão que frequentamos. Diz sim sobre um estado
interior de completo abandono de si mesmo. Pois não pensem que ao chegar aos
reinos ascensos encontrarão apenas a paz. Não, meus nobres irmãos, há muito
trabalho onde estamos. Acompanhamos todos vocês, ajudando-os a encontrar esse
estado de paz e plenitude, e vemos de nossa perspectiva, todas as suas
aflições, seus desgostos, seus conflitos interiores, mas nos tornamos sábios a
manter essa paz. Porque já desconstruímos aquilo que pensávamos ser, e
permitimos que vivam as suas experiências no caminho de sua própria
desconstrução interior.
A paz que atingimos, foi
obtida justamente de um estado de purificação interior, que passamos ao longo
das eras, nesse orbe e em outros, onde vivenciamos experiências duras, e porque
não dizer: dolorosas. Esse é o único propósito dessa experiência, a sua própria
desconstrução, atingir essa paz interior, que nos conduz ao estado profundo de
nós mesmos, a irradiação mais profunda de nossa verdade interior desprovida do
ego, dos quereres mentais, de tudo aquilo que identificamos como sendo uma
personalidade, abandonando a si mesmo completamente. E sendo tão somente a paz
que transborda na leveza da alegria natural, do bem-estar. Pois ser um mestre ascenso,
filhos, não é ter mais luz ou ser melhor, mais perfeito. É simplesmente
conhecer a sua própria paz, para resplandecer em luz e sabedoria, e acima de
tudo, um amor inexplicável.
Mas para que passem a esse
estado, é necessário que vivenciem o processo de purificação interior, de
limpeza, para que na pureza do coração encontrem o estado pleno da verdade
cristalina da alma.
Quão belo é esse despertar,
o estar desperto para si mesmo, tornando-se incontestável em sua verdade
interior, abrindo-se à benevolência universal do amor, sendo a paz e a alegria,
mas desprovido da própria personalidade histórica que criamos para nós mesmos.
Sendo Um em tudo e aceitando a diluição de nossa própria consciência ao todo,
onde praticamente deixamos de existir, senão por ainda sentirmos o Eu Sou e ser
essa a nossa única verdade. Eu Sou, eis a única verdade de um mestre ascenso e
nada mais. Um ser que passou por toda a desconstrução desse processo de
purificação profundo.
Cada um de vocês, filhos, ao
entrarem na experiência material, passaram por um grande trauma, vivenciaram
duras provas da alma, pois trouxeram junto de vocês aqueles aspectos que
deveriam ser iluminados, transmutados em sabedoria, que irradia da presença Eu
Sou, e purifica a sua alma, experimentando novas e ainda mais sutis
experiências. Esse é o processo, purificar e transmutar tudo aquilo que os
restringiam, para que resplandeçam em verdade e luz, para que se tornem a
verdade e a flamejem a todos os corações que se colocarem diante de vocês. É
uma verdade incontestável, a que irradia de seus corações.
Mas ao trazerem essas provas
da alma, propuseram-se a viver esse processo de purificação pelo qual são
conduzidos pelos seus guias, mentores, e por vocês mesmos, através da
irradiação do Eu Superior, que os conduz justamente para que vivenciem esse
processo de purificação, de desconstrução da personalidade.
Agora posso dizer, para
vocês que chegou até esse momento, até essas palavras, posso lhes afirmar que
vocês estão interessados em atingirem essa paz, em compreender como alcançá-la.
Pois um dos pressupostos da paz é justamente a paciência, a confiança de que a
vida é feita de encontros e, para aqueles que encontraram essas palavras,
poderão usá-las para trazer algumas respostas úteis aos seus dias.
Pois bem, amados, ainda
sobre o processo de purificação da alma, e como ele se dá através do plano
físico, em lição anterior trouxemos o processo de desconstrução dos processos
mentais, daquilo que os vinculavam a repetir por inúmeras vezes os antigos
padrões que sempre os conduzem ao processo de dor e sofrimento. Mas então,
talvez possamos nos perguntar: A experiência material necessariamente os conduz
à dor e ao sofrimento? Esse é o processo necessário que vocês têm que passar
para atingir essa paz? É o sofrimento um mal necessário ao processo de
purificação interior? Foram essas, amados, as perguntas que nos propusemos a
responder.
E lhes digo que o processo
de purificação interior necessariamente passa por esse caminho. Pois como
poderia a alma querer se livrar de um ciclo, se não passasse por esse processo
de dor e sofrimento, que é justamente o que o rompe a ligação entre o Eu Sou
real e a personalidade? Não haveria como, pois, como lhes disse, vocês vieram
até aqui justamente para transmutar esses elementos, limpando o seu passado e
todas as ações inacabadas de sua alma. Vieram para purificar esses elementos
que os prendiam ao passado, e que através da experiência material podem se
libertar para que resplandeçam em luz.
O grande momento do processo
de purificação, meus amados, é essa libertação interior, esse estado atingido
ao encontrarem o seu amor interior, e assim unirem as dimensões de sua
existência. Vocês vivenciam essa paz interior e a sua paz resplandece ao seu
redor, a sua luz se torna o guia de muitos, o se amor é a única coisa que
movimenta a sua essência Eu Sou, pois tudo o mais foi desconstruído na
eternidade da vida. Esse é o estado de iluminação! Isso é ser iluminado, é ser
vazio, destituído da sua própria personalidade. E é para isso que todos vocês
caminham.
O processo de purificação,
filhos, é duro sim, pois ele implica na desconstrução de sua essência cósmica,
no abrir mão de tudo aquilo que se identificavam, para que resplandeçam na mais
cristalina luz, e estejam preparados a buscarem conexões ainda mais sutis e
profundas com toda a criação. Para que se diluam em conexões muito mais sutis,
através de sua própria luz. Esse é o objetivo da experiência que vivenciam,
diluir a sua própria personalidade em conexão cósmica com o Eu Sou, em uma
perfeita acoplagem.
Reflitam sobre essas
palavras, para que identifiquem nas suas próprias vidas, esse processo de
desconstrução, saindo dos ciclos de resistência, dor e sofrimento, e entrando
no fluxo da aceitação e leveza com que a vida deve ser experimentada. E saibam,
amados, que todo ciclo de aprendizado tem no fundo um apego, uma dor da alma,
que está pronta a ser liberada e transmutada em pura luz cristalina.
Estejam em paz.
Sou Serapis Bey
Canal: Thiago Strapasson –
24 de maio de 2017.
Fonte:
www.pazetransformacao.com.br
Bênçãos de Amor e Luz
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