Na África, muitos séculos
atrás, na região hoje conhecida como Quênia havia uma rainha de um povo que se
chamava Ababura. Ela muito bela, uma linda mulher de pele negra, forte, cabelos
longos negros e cacheados. Media cerca de 1.75 m de altura. Vestia-se muito
bem, amando o verde escuro, prata e dourado. Tinha muitas joias, anéis,
cordões, pulseiras, gargantilhas, tiaras de diamantes e vestia-se com os mais
belos tecidos que podia. Sempre estava deslumbrante, irradiando majestade e
beleza. Ela cuidava de um povo, do seu povo. Era sozinha. Não havia ninguém ao
seu lado. Tinha 29 anos, na ocasião. Havia herdado aquele reino do seu pai, o
falecido rei chamado Dareni. Sua mãe, esposa do rei falecido, chamava-se
Abidani e já estava muito cansada, com idade avançada e não estava ali naquele
reino, pois não gostava muito de Ababura. Quando seu pai em leito de morte,
sabendo que Abidani não poderia assumir o reino naquelas condições, passou o
reino para Ababura. Abidani, mesmo tendo consciência que não poderia assumir o
reino, enfureceu-se e foi com alguns servos para outra região, afastando-se
completamente de Ababura.
Eles eram um povo místico.
Entre eles, havia muita magia e contato com as mais elevadas consciências.
Espíritos dos grandes Orixás se manifestavam em rituais sagrados de consagrações,
quando a própria rainha Ababura recebia em seu corpo alguns desses Orixás
abençoando o povo, curando e iluminando. Ababura, muito respeitada pelo seu
povo, era uma boa rainha, próspera, inteligente e compassiva. Não tinha nenhum
instinto bélico. Afastada dali, sua mãe estava do outro lado de uma montanha.
Montanha essa hoje conhecida como Kilimanjaro. Sua mãe, mesmo muito doente, não
estava satisfeita por Ababura ter ficado com o reino que ela e o esposo haviam
erguido. Não aceitava ver seu povo fazer reverência para Ababura quando
precisava ser ela, a reverenciada. Dali de onde estava por detrás do
Kilimanjaro, ela instalou-se com muito dos servos que a seguiram, porque também
não gostavam de Ababura.
Ababura gostava muito da sua
mãe e, realmente, não entendia o porquê da sua rejeição. Desde quando nasceu, sua mãe esperava um
menino e já havia até escolhido o nome. Chamá-lo-ia de Darenir (acrescentando
um “R” no final, em homenagem ao seu esposo, o rei Dareni). Quando Ababura
nasceu, ela ficou insatisfeita, inconformada e, apesar de ser a mãe e ter
cuidado dela como qualquer outra mãe, nutria um pouco de indiferença emocional
quanto à pequena futura rainha. Ela já previa que Ababura assumiria o reinado
posteriormente.
Aqueles que foram para a
montanha com Abidani, no caminho, entraram no campo dela, e passaram também a
nutrir insatisfação por toda essa situação de Ababura ter assumido o reinado.
Eles também concordavam que, mesmo doente, Abidani deveria assumir e reinar até
a sua morte.
Quando Ababura percebeu tudo
o que estava acontecendo, o afastamento da sua mãe, a insatisfação de parte do
povo que foi com ela, tentou várias vezes uma reaproximação. Invocava as forças
mais poderosas nos rituais com os Orixás. Do outro lado, sua mãe fazia o mesmo
acreditando que os Orixás iriam atendê-la, diferente de Ababura, que queria uma
reconexão com a sua mãe e a parte do seu povo afastado. Cerca de 30% do povo
foi com Abidani, ficando a maioria com a jovem rainha.
Semanas se passaram, meses…
Abidani continuava doente. Ababura tentando uma reaproximação, e tudo
permanecia na mesma situação. Neste tempo, um jovem rapaz, negro, careca,
aspecto saudável, vestindo belos trajes, anéis de ouro e cordões também de
ouro, chegou montado em um cavalo no reino de Ababura. Ele era um príncipe de
outro reino ali próximo, que também tinha caminhado pela montanha
(Kilimanjaro). O príncipe chamava-se Hareni. Ele veio pelo caminho da montanha,
pois ficou sabendo da bela rainha Ababura e quis conhecê-la pessoalmente.
Chegando lá, Ababura foi
vê-lo e espantou-se por ele ter andado tudo aquilo atrás dela, só para
conhecê-la. Uma longa viagem a cavalo só para isso. Quando Ababura olhou nos
olhos dele, sentiu-se profundamente tocada. Ao mesmo tempo em que estava
encantada temia, pois poderia, segundo seus pensamentos, ser alguém enviado da
sua mãe para tirar-lhe o reino ou prejudicá-la de alguma forma. Desconfiada,
Ababura chamou mais para perto de si os seus homens de confiança e segurança,
dois grandes negros altos e fortes medindo quase dois metros de altura. Eram
eles, Zola e Zimbaria, para ficarem ao seu lado. Meio sem jeito, o príncipe
disse que não precisava temê-lo, pois ele vinha em paz e desejava, realmente,
apenas conhecê-la e trazer-lhes boas energias e intenções. A rainha, mesmo
muito desconfiada, chamou-o para jantar com ela, pois já caia a tarde, e se via
o sol baixar no horizonte, rapidamente, e a noite já entrava. O príncipe estava
feliz e ao mesmo tempo inseguro, pois os dois grandes seguranças não saiam de
perto da rainha, e ele temia alguma reação violenta deles. Mesmo assim, ficou
para o jantar.
Sons de tambores e vários
instrumentos musicais típicos da região se faziam ouvir ali. Era o povo de
Ababura que começava a invocar as forças para aquele dia, dia de lua cheia,
quando acreditavam que a própria Lua desceria a Terra em forma de mulher para
abençoá-los com fartura e bons presságios. Eles acreditavam que a lua, em algum
momento, deixaria sua forma esférica e, do céu, desceria e estaria entre eles
como a Deusa que é. Em toda lua cheia eles faziam esse ritual. Isso não
acontecia, obviamente, mas a própria rainha Ababura incorporava uma energia
feminina que falava com todos, e nesse dia não foi diferente. Quando as forças
começaram a ser invocadas, a rainha começou a sentir a projeção e incorporou
aquela energia feminina que, imediatamente, começou a falar com o príncipe.
Ele, mesmo conhecendo esses fenômenos, assustou-se, pois não esperava aquilo,
naquele momento, muito menos por meio da rainha. Esperava, sim, mas que fosse
através de alguém da tribo, não dela, especificamente. Assim, ouviu atentamente
o que a energia feminina falava através da rainha.
A energia feminina dizia que
haveria, depois de um tempo, a necessidade de uma travessia pela montanha e uma
busca pela reconexão. Uma busca pelo fundirem-se, novamente, os povos, e que
isso seria de grande benefício para todos, e para o outro povo ainda que
chegaria, e unir-se-ia a todo este reino. O príncipe ouviu tudo atentamente e
foi confirmando com a cabeça, mas ele mesmo não sabia direito do que se
tratava, pois fora ali apenas para conhecer a rainha. Assim, quando a energia
deixou a rainha e esta foi voltando, foram logo tratando de informá-la sobre o
ocorrido. Ela não se lembrava de nada, pois ficava completamente inconsciente.
Ouvindo o príncipe, ela entristeceu-se por se lembrar da sua mãe, de tudo que
havia acontecido e das inúmeras tentativas de reaproximar-se da rainha, sua
mãe.
A rainha-mãe Abidani, do
outro lado da montanha, ainda doente e insatisfeita recebeu a visita de um
homem, também príncipe. Neste local onde vivia, ela havia organizado um pequeno
reino. Quando decidiu se afastar da sua filha, ela já foi para este lugar, que
já era das suas posses. Nesse lugar, montou outro reinado e ali Abidani ficou.
Esse príncipe que foi até ela era chamado de Habieri e foi enviado pelo seu pai
chamado de Habud-Huro. Todos estes reinos estavam, de certa forma próximos e,
de alguma maneira, se conectavam pelo caminho da montanha (Kilimanjaro). Não
eram reinos com castelos ou algo assim. Eram mais simples, alguns com
construções simples, mas havia muita vida ali. Poderiam considerar-se também
como aldeias/povoados governados pelos seus reis e rainhas. O príncipe Habieri
chegou e desejava conhecer a rainha Abidani, pois seu pai, o rei, Habud-Huro
ficara sabendo dela também, e gostaria de conhecê-la. Enviou, então, seu filho
para contatá-la, pois Habud-Huro era viúvo, estava com idade avançada e já
adoentado.
Abidani ficou desconfiada,
de igual modo, acreditando que ele poderia ser um enviado da sua filha para, de
alguma maneira, ganhar a confiança dela e “aprontar alguma”. Mas o príncipe,
muito bom de conversa, conseguiu convencê-la de que estava ali em paz e que não
havia necessidade para qualquer resistência à sua presença. Abidani o chamou
para jantar com ela para saber mais sobre esse seu pai, Habud-Huro. Ela queria
saber as reais intenções dele e, realmente, suas intenções eram boas. Ele
queria juntar-se a ela e formarem um reino, apenas. Em um ritual de magia, como
também acontecia por ali, uma entidade incorporou em um dos servos de Abidani e
mandou chamá-la. Acontece que, todas as energias de raiva, frustração e ciúmes
que sentia da filha acabou por atrair forças não harmônicas, entidades não
comprometidas com a verdade… Abidani chamou o príncipe para ir com ela ver o
que a entidade queria, e chegando lá, ajoelhou-se perante o médium incorporado
e disse: “a sua disposição”. A entidade riu e disse: “Trago-te segurança, minha
rainha! Vim para te proteger!” E riu… Ela, desconfiada, continuou ouvindo junto
ao príncipe Habieri. E a entidade continuou… “Do outro lado da montanha, na
zona do norte, tua filha move-se com trevas contra ti e teu povo. Levanta tuas
armas e siga rumo em tua defesa, pois a fúria vem sobre ti e se não te
defenderes, cairás por terra e pisoteada ainda serás. Ai da tua herança e
ancestrais… Envergonhar-se-ão de ti se nada fizeres para defender-te a ti e a
teu povo! Tua honra será arruinada.”
Abidani, assustada e
irritada, agradeceu a entidade que desincorporou rindo. Abidani estava tão cega
pelo ciúme que não teve o menor discernimento, mesmo sabendo que sua filha não
tinha tal coração e jamais viria contra ela, de tal maneira. O príncipe,
ouvindo tudo aquilo e vendo a impaciência da rainha, ofereceu, ainda, o seu
povo/guarda para somar forças com a rainha Abidani e ir contra a sua filha “que
vinha do norte”. Ó, triste realidade e influência negativa sustentada e apoiada
pelo ciúme, medo e insegurança! Abidani passou a noite inquieta. Não dormiu e,
sim, pediu ajuda ao príncipe, dizendo que se casaria com o rei, pai dele, se
ele enviasse seus homens para juntar-se a ela e ajudá-la contra sua filha que
“vinha contra ela”. O príncipe, naquela mesma noite, seguiu com seus dois
outros homens em direção ao reino do seu pai, a fim de pedir ajuda para apoiar
a rainha e levar as boas novas que ela se casaria com ele, se houvesse a
cooperação dele, nesse momento. Enquanto isso, Abidani ainda doente, reunia
seus melhores guerreiros para se preparar “para o que vinha…”
No norte, Ababura tomara uma
decisão… Iria até sua mãe, iria tentar mais uma vez fazer as pazes e unificar
os reinos, novamente. O príncipe Hareni concordou e disse ainda que se juntaria
a ela, em apoio, e faria questão de ir junto, apoiando. O príncipe Hareni foi
até seu povo e reuniu muitos guerreiros trazendo-os até o reino de Ababura
para, junto ao povo dela, somarem força de apoio para irem até a rainha
Abidani. Ababura estava disposta a entregar o reino para sua mãe e seguir ao
seu lado como sua apoiadora, para que “ela morresse feliz” como a rainha única
daquele reino, honrando a herança da sua mãe e mostrando-lhe que não queria
energias ruins e/ou não tinha qualquer intenção de menosprezá-la. Com o coração
determinado a fazer isso, Ababura junto com a parte do povo do príncipe Hareni,
seguiu pelo caminho da montanha para encontrar-se com a sua mãe.
Enquanto isso, no reino de
Abidani, já se encontravam somando forças a este, os guerreiros do rei
Habud-Huro. Já se encontravam somando força aos de Abidani. Subiram parte do
monte para olhar, ao longe, se algo vinha na direção deles. O povo de Ababura
seguia junto ao povo do príncipe Hareni. A defesa de Abidani aguardava… Quando
um guerreiro do rei Habud-Huro gritou “Vem eles, em muitos! Não teremos chance
se apenas esperarmos! Precisamos atacar de surpresa!” - E começaram a se
esconder em várias partes do monte e nas suas redondezas, enquanto Ababura
adentrava o caminho pela montanha que levava até sua mãe. Ababura não esperava
o que estava por vir, pois sua intenção era outra… Abidani, mesmo doente,
estava em um local mais alto e também pode ver sua filha e “um exército” vir na
direção dela, seguindo o caminho pela montanha. “Atrevida! Dei-te a vida e vens
contra mim! Arrepender-se-á, Ababura!!!”
Quando Ababura se aproximou
mais, os guerreiros de Abidani e aliados atacaram ferozmente pegando o povo de
Ababura desprevenido. Estes ficaram atordoados e sem defesa, pois não foram lá
para uma batalha. Eles se defendiam como podiam, enquanto Ababura gritava
dizendo que era a rainha e que ia em paz! Zola e Zimbaria estavam mais próximos
dela e tentavam arrastá-la para longe, pois os guerreiros do outro lado vinham
em sua direção. Ela gritava e pedia que parassem! Muitos do outro lado ela
conhecia, pois já havia estado com eles antes da sua mãe ir embora para o outro
lado da montanha. Os outros guerreiros, os aliados da sua mãe, não. Ababura
continuava gritando enquanto Zola e Zimbaria tentavam afastá-la dali! A essa altura,
muitos já haviam morrido, a maioria do lado de Ababura, os quais não estavam
armados para batalha. No meio de tudo isso, um dos guerreiros do outro lado
ouviu o grito de Ababura… “Chega!!! Sou eu, sua rainha!” E quando este já se
aproximava dela para desferir-lhe um golpe com uma lança, parou bem próximo
reconhecendo também a força de Zola e Zimbaria. Parou e, ofegante, olhou para
Ababura e ela olhou profundamente nos olhos dele. E disse: “Azezia, pare! Sou
eu!”… Azezia era como se fosse o general daqueles guerreiros. Era um ótimo
guerreiro, o que mais Abidani confiava. E ele realmente parou. Abaixou a sua
lança e se curvou respeitando a majestade de Ababura. Ela o puxou pelo braço,
rapidamente, e perguntou-lhe o porquê daquilo. (Enquanto isso, a luta continuava
entre os demais. Os de Ababura tentando se defender como podiam e os de Abidani
e aliados continuando no ataque). Ele, Azezia, disse tudo. Contou o que sua mãe
havia ouvido e como se enfureceu. Ela, Ababura, desesperou-se e gritou:
“Enganação de Zulussssss!!!!!” (Era uma entidade negativa que se passava por
positiva para enganar e trazer confusão!) “Nada disso se passa! Vim em paz
fazer as pazes com minha mãe e entregar a ela meu reino em honra a sua
herança!” - Disse Ababura à Azezia que acreditou nela e correu para tentar
parar a batalha. Demorou, mas com muitas vozes de comando, todos os demais
guerreiros pararam. Já era tarde… O chão estava com vários corpos caídos…
Ababura chorando, gritando
desesperada e tentando animar aqueles caídos, olhava para o céu e questionava
aquilo tudo. Nisso, ouviu-se uma risada… Todos que estavam ali ouviram… Era
Zulus satisfeito com aquela situação e absorvendo toda a energia daquilo.
Ababura chorou. Azezia correu para chamar Abidani. No meio do caminho, onde tudo
aquilo aconteceu, Ababura sentou-se no chão e lamentou. Abidani depois de um
tempo, chegou. Nada disse. Apenas caiu de joelhos antes de chegar até sua
filha. Azezia também já havia lhe contado tudo. Contado que Ababura não ia em
guerra, mas em paz, e que queria, novamente, sua mãe ao seu lado. A essa
altura, também o príncipe Hareni (do lado de Ababura) estava muito ferido, e
foi se aproximando de ambas, da mesma forma o príncipe Habieri (do lado de
Abidani). Abidani chorou… Chorou de vergonha. Ababura gritou… “Mãe, eu venho em
paz, mãe!”
As duas ali se abraçaram e
choraram… Abidani pediu perdão à filha e chorou copiosamente. Muito doente,
Abidani, diante daquela dor, vergonha e tristeza, não suportou… Foi
desfalecendo nos braços de Ababura, enquanto lágrimas caíam do seu rosto.
Ababura chorava enquanto via sua mãe morrer em seus braços. Abidani, nos seus
últimos momentos, disse: “Filha… Tudo isso sempre foi teu… Perdoa-me… Perdoa-me
por tudo! Eu sei que meu caminho agora é servir Zulus, nas trevas, mas meu
coração um dia terá paz…” Nesse meio, Ababura interrompeu dizendo que não! Que
ela não ficaria com Zulus, mas que tudo ficaria bem. Ababura invocou as Forças
da Luz, os grandes Orixás luminosos que a acompanhavam, e muitos ali viram
raios de luz azul caírem com força, limpando a negatividade gerada naquele
ambiente. Viam-se Seres de Luz pegando as almas que estavam ainda, presas
naqueles corpos sem vida, e levando-as para tratamento. Zulus, que ali ainda
estava, fugiu rapidamente levando consigo muitos daqueles que insistiam em
ficar na negatividade, mesmo depois de tudo aquilo, mesmo depois de virem as
luzes que desciam em auxílio. Ababura abraçava sua mãe que, lentamente, ia
fechando os olhos, enquanto todos os que ficaram vivos, de ambos os lados, faziam
um grande círculo em volta e entoavam cânticos típicos de invocações às forças
superiores. Abidani desencarnou.
Ababura chorou muito. Todos
ali se ajoelharam em honra a Abidani. Muitos mortos ali no chão. Ababura já
pensava no que fazer para reunir a todos, novamente. Voltaram todos para o
norte, reino de Ababura e foram recomeçar suas vidas. Ababura todas as noites
fazia rituais invocando as forças dos grandes Orixás para ajudaram aquelas
almas que deixaram o plano físico naquela batalha. Sempre que alguém passava
naquela região, no caminho pela montanha, ouvia os gritos, os gemidos e sentia
calafrios, que era resultado daquela energia, ou parte dela, ainda presente
ali, naquele lugar. Os espíritos que não partiram permaneceram ali e muitos
deles incorporavam, às vezes, em Ababura pedindo ajuda e, naqueles rituais de
puxada de forças, eles eram elevados. Foram meses de trabalhos espirituais
fortes até conseguirem liberar grande carga magnética pesada e conseguirem
retomar suas vidas. Aquela energia absorvida pela entidade Zulus serviu para
este fazer muitas coisas não positivas nas regiões próximas, inspirando muitos
homens e mulheres a violência e a conflitos.
Meses se passaram e tudo
parecia estar voltando ao normal. O príncipe Hareni estava ainda mais próximo
da rainha Ababura. Eles iriam se casar. A festa já estava até programada. Zola
e Zimbaria, irmãos gêmeos, foram “consagrados” guardiões primeiros da rainha
Ababura. Aonde ela ia ambos iam atrás. Zimbaria era ainda mais próximo a
Ababura. Ambos tinham grande afinidade desde há tempos, e ela confidencializava
coisas muito pessoais a ele. Zola honrava essa sintonia, pois sabia que isso se
arrastava de eras, além desta contada. Quando Ababura ficou na dúvida quanto ao
casamento com o príncipe, chamou a ambos, seus guardiões, para conversar, e ver
as suas opiniões. E eles, ainda desconfiados, não quiseram responder, pois
também temiam perder sua rainha para os braços do príncipe e este levá-la para
longe, cercando-a com mimos e tudo mais que a afastaria deles. Sem contar que
ambos tinham alguma desconfiança do príncipe e, em um momento a sós com ele, se
aproximaram, deixando o príncipe meio assustado pelo tamanho e imposição deles,
(já que o príncipe não era tão forte assim como eles), e disseram “Nós sabemos
das suas intenções com nossa rainha. Você parece bom homem, mas não penses que
porque carregas a nobreza e vestes os mais belos trajes, falas bonito e tem suavidade,
que vais nos enganar, em algum momento. Se fizeres nossa rainha sofrer, se de
alguma forma deixares de respeitá-la não lhe dando o devido valor, uma das tuas
noites será conosco!” (E saíram rindo, debochados…) O príncipe engoliu seco e
saiu meio assustado.
O rei Habud-Huro e seu
filho, o príncipe Habieri, continuaram tentando uma aproximação da jovem rainha
e, aos poucos, iam formando laços diplomáticos, juntando seus povos, trocando
informações, alimentos e sabedoria. Depois de um tempo, o rei Habud-Huro
desencarnou deixando o reino para seu filho, o príncipe. O príncipe Habieri, em
uma das suas viagens até a rainha Ababura, encantou-se com uma das moças que
ajudavam Ababura nos seus afazeres. Era uma linda moça chamada Harana e pediu à
rainha Ababura a mão dela em casamento. Mão concedida. Decidiram fazer a festa
no mesmo dia do casamento de Ababura. E assim foi. Casaram-se.
Depois de quase um ano, após
a incorporação de um grande Orixá em um dos rituais de ancoragem das forças
positivas, Ababura, saiu para descansar, e viu um dos seus assistentes tentando
violentar uma das moças da suas próximas que a ajudavam nos afazeres.
Enfureceu-se e fui até ele, perdendo o controle, dando-lhe umas bofetadas.
Nisso, sua vibração rapidamente caiu, e se ouviu novamente os risos de Zulus...
“Ahahahahaahahah, Rainha, rainha… Perderás as contas de quantas vezes
irritar-se-á com esse povo sem pudor! Oh, rainha! O tempo será cruel contigo! O
futuro te reserva a negação de quem és por muitos que hoje se curvam aos teus
pés! Teu coração sempre estará escondido, pois esse povo não o conhece e nem
sabe lidar. Murchando estarás por tristeza e constatação do que Zulus te
lançarás! Hahahahahaha! O tempo te
consumirá pela tua própria ignorância de achar que as coisas hão de mudar!
Hahahahahahah”. Ababura e alguns próximos ouvindo aquela voz que vinha do ar
olhavam para o céu. E Ababura invocou as forças mais poderosas do seu coração,
dissipando aquela presença.
Dois anos depois disso,
Ababura começou a demonstrar sinais de extrema fraqueza. Estava doente. Lidar
com a fisicalidade e com aquelas muitas energias que lidava na manipulação de
fortes correntes a deixara mais cansada e a perda da mãe da forma que foi ainda
doía em seu coração. Ababura já havia tido um lindo bebê, uma criança a quem
deu o nome do seu pai, Dareni. Pressentindo que logo deixaria o plano físico,
chamou o seu marido, o príncipe Hareni e disse-lhe que partiria. Ele se
desesperou sem entender: “Como? Vais me abandonar? Conheceu outra pessoa?” - E
Ababura sorria carinhosamente e dizia que não, mas que seu corpo não aguentaria
muito tempo. Ainda mais desesperado, o príncipe andava de um lado para o outro
coçando a cabeça, enquanto a rainha tentava acalmá-lo. Dias se passaram, e ele
ainda tentava se acalmar quando, em uma noite de lua cheia, ambos do lado de
fora, vendo o céu estrelado e o bebê entre eles, Ababura foi, suavemente,
fechando os olhos enquanto apertava a mão de Hareni… Nesse mesmo momento,
ouviu-se a risada de Zulus, novamente… “Hahahahahahahaah! Vai, rainhazinha,
vai… Mas teu tempo de sofrimento ainda não acabou… As eras adiante te aguardam…
Aqueles próximos que tem sede nunca conseguirão beber completamente de ti…
Hahahahahahah”. E o príncipe ouvindo aquilo, percebendo que Ababura não respirava
mais, pegando seu filho nos braços... Saiu correndo gritando por ajuda… Aqui se
dispensa mais informações.
Tempos se passaram e o
príncipe estava só, cuidando do reino. Seu filho já havia crescido bem, tinha
uns cinco anos. Em toda lua cheia, a rainha Ababura incorporava em um dos
servos do reino e comunicava-se com o príncipe, brincava com o filho e trazia
boas energias e informações para o bom andamento do reino. O servo do reino era
um negro alto, forte e muito querido entre todos. Ele se chamava Amebud.
Muitos, muitos e muitos
anos... E tudo ficou em paz, mas o peso daquele momento pelo caminho da
montanha sempre vinha às mentes e corações de todos que estiveram ali
envolvidos, assim como do outro reino, do príncipe Habieri. Os desencarnes de
todos começavam a acontecer. Com o passar do tempo, a idade chegava e as
passagens começavam. Muitos não subiam para as Altas Esferas, ficando
perambulando pelas zonas mais densas; outros subiam e tentavam ajudar os que
não conseguiam se desprender das baixas frequências. A essa altura, a rainha
Abidani já se encontrava também nas Altas Esferas tentando ajudar a todos como
podia, irradiando as melhores energias.
O tempo chegou para
iluminação desta linha e cura desse passado para uma reverberação amorosa no
AGORA. É tempo de Reconexão com a velha herança africana sustentando as forças
dos grandes Orixás. Tempo de reconectar-se com eles e ancorar em seus campos,
essa poderosa magia. Muitos de vocês que estão lendo esse relato verdadeiro,
podem sentir-se profundamente tocados e terem algumas emoções e sensações
saltando… Saibam que isso pode indicar que, apesar de seu nome específico não
ter sido mencionado aqui, você também estaria presente quando isso tudo
aconteceu. Muitos dos envolvidos estão encarnados hoje no plano físico Terrano
e terão a oportunidade agora de se juntarem, em Amor, nesta linha de Iluminação
e Reconexão, neste belo trabalho que está sendo trazido pelo PVSE, para também
trazer a ancoragem das forças dos grandes Orixás. Unificar no Amor e Unidade.
Qualquer um de vocês que se sinta tocado em fazer parte desse movimento - Seja
muito bem-vindo! Venha somar força e ajudar nessa cura e sustentação!
Há três principais
representantes desse trabalho específico dentro do PVSE em sua ordem
hierárquica e harmônica, por força de compromissos anteriormente assumidos e
pela necessidade própria individual solicitada, e em comum acordo em Alto
Conselho Superior do PVSE a bordo de uma das Naves de Comando, os três pilares
estão nessa ordem: a Rainha Abidani (Primeira Representante do Movimento), o
Príncipe Habieri (Segundo Representante do Movimento) e o General Azezia
(Terceiro Representante do Movimento). Assim, os três sustentam e reverberam a
força para os demais que chegam, somando a essa Iluminação e Reconexão pelo
novo caminho da montanha.
Não há superiores nem inferiores aqui,
melhores nem piores. Isso é assim por força de compromisso. Que a Luz maior
esteja com vocês, nesse trabalho. Os três devem trabalhar juntos e em harmonia
pelo bem maior. Todos aqueles que se afinam e desejam ajudar neste trabalho,
acompanhem as meditações e chamadas que serão anunciadas na página e/ou outros
meios de interação criados, em harmonia. (Os nomes destas encarnações atuais
não irei citar por uma simples questão de ética, a menos que eles mesmos
desejem se revelar. Estão encarnados e trabalhando junto a mim dentro do PVSE.
E, como já dito, mesmo que você - que está lendo esse relato - não tenha sido
diretamente citado, se sentiu esse chamado, junte-se a esse movimento, pois há
uma grande chance de você ter participado de tudo isso.)
Uma página oficial poderá
ser criada, como já foi dito, e quando o for, os links de contato estarão
disponíveis no link, a seguir:
http://www.sementesdasestrelas.com.br/2016/11/pleiades-1-chamada-aos.html.
Um Símbolo Especial desse
movimento foi canalizado por mim, (Gabriel), e este representa essa
reconstrução. Canalizado também para ajudar na sustentação, equilíbrio, cura e
reconexão profunda com as grandes forças Orixás, bastando desenhá-lo no ar, ou
mesmo visualizá-lo, enquanto invoca as forças das suas heranças espirituais. O
símbolo é este que ilustra essa publicação.
Salve, Xangô! Salve, Ogum!
Salve Oxalá! Guardiões desse Movimento! Que a Força dos Grandes Orixás esteja
com todos! Gratidão pela oportunidade de servir, meus queridos!
Pela Verdade, nada mais que
a Verdade,
Em Amor e Bênçãos,
Gabriel RL
Em uma nota final, meus
queridos! Algumas pessoas estão criando páginas usando os nomes de alguns
relatos que estou trazendo, dizendo serem elas os representantes desses
movimentos. Alerto que todas as páginas oficiais desses movimentos ficam
disponíveis no link a seguir, e por qualquer uma que NÃO esteja nessa lista, eu
não me responsabilizo pelas informações entregues:
http://www.sementesdasestrelas.com.br/2016/11/pleiades-1-chamada-aos.html.
Todas essas coisas
aconteceram em alguns meses; não foram em poucos dias, pois os caminhos de um
reino a outro eram longos dias de viagens.
A entidade Zulus até hoje
atua na África, e esse movimento também ajudará a elevá-la para as Esferas de
Luz. Ela já sabe que esse movimento foi criado. Sabe que Gabriel RL trouxe
essas informações. Não está muito contente, mas… Então, enviem muito Amor e Luz
para esse irmão querido.
Pela Verdade, nada mais que
a Verdade,
Em Amor e Bênçãos,
Gabriel RL
Fonte: Sementes das Estrelas
Bênçãos de Amor e Luz
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