"É porque a intuição é
sobre-humana que devemos acreditar nela; é porque é misteriosa que deve ser
escutada; é porque parece obscura que é luminosa."
Você às vezes caiu em si
mesmo, mergulhando seus olhos em seu próprio mistério, pensando e sondando? O
que você viu? Uma imensidão. Uma imensidão, negra para alguns, serena para
alguns, desconfortável e problemática para outros.
Quase todos os pensadores
que meditam percebem em si mesmos uma espécie de vazio a princípio terrível,
todas as suposições de filosofias e religiões sobrepostas como abóbadas de
sombra, causalidade, essência, a cúpula informe da abstração, varandas
misteriosas abertas ao infinito, e ao fundo, um lampejo. Pouco a pouco os fios
são delineados nesta neblina, cabos aparecem neste oceano, as fixações aumentam
nessas profundezas; uma espécie de afirmação está emergindo lentamente desse
abismo e dessa vertigem.
Este fenômeno da visão
interna é a intuição.
"A intuição é
raciocinar sobre o que é a consciência na perspectiva da Virtude: o guia velado,
o iluminador subterrâneo, a campainha desconhecida mas bem informada, a vigia
no cimo escuro.
Onde o raciocínio pára, a
intuição continua. A escarpa de conjecturas não o intimida. Ela tem certeza em
si como o pássaro. A intuição abre as asas e voa, e majestosamente paira sobre
este precipício, o Possível.
Ela está confortável no
insondável; ela vem e vai; ela se expande; ela mora ali. Seu aparelho
respiratório está limpo para sempre.
Às vezes, pousa em algum
grande cimo, pára e contempla.
Ela vê o interior.
O raciocínio vulgar se
arrasta nas superfícies; a intuição explora e examina a parte debaixo."
"A intuição, como a
consciência, é feita de clareza franca e singela; ela vem de mais longe que o
homem; vai além do homem; ela está no homem e no mistério; o que ela tem de
indefinido sempre acaba acontecendo.
A extensão da intuição é
Deus. "
Victor Hugo começa a
escrever poemas aos doze anos. Então o adolescente e o homem, através de seus
escritos, iluminam o século 19.
Victor Hugo morreu em Paris
em 23 de maio de 1885, aos 83 anos, e mais de 3 milhões de pessoas compareceram
ao seu funeral.
Fonte:
Tradução Vilma Capuano
Bênçãos de Amor e Luz
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