Canalizada por Pamela Kribbe
outubro de 2019
Queridos homens e mulheres,
sou Maria Madalena. Venho de um passado distante, mas venho também do futuro.
Sou mais do que a mulher que esteve aqui na Terra. Faço parte de um campo de
energia maior, que se renova e renasce a cada momento. Estou viva e forte! Não
estou presa ao tempo e à forma na qual estive encarnada tantos séculos atrás.
Falo a partir de uma fonte de energia inexaurível, que envolve todos vocês, que
flui ao redor de vocês e deseja despertá-los para a vida – ela é a fonte da
própria vida! Cada um de vocês tem o direito inato de saber que é mantido em
segurança por essa fonte, e de ser levado por esse fluxo de energia,
criatividade, tranquilidade, bem-estar e despreocupação. É isto que você
realmente é! Tudo o mais é uma ilusão, um véu temporário obscurecendo a sua
consciência.
Sinta o campo de energia que
eu represento. Faço parte dele, assim como você faz – um campo de energia
vibrante e eterno, que se renova e alegremente encontra novas maneiras de se
manifestar. Reconheça-se nele. Você é livre, você é independente da sua forma
terrena, independente de tempo e espaço. Você é um ser eterno, embora tenha
tendência a se esquecer disto no seu dia-a-dia aqui na Terra. Você está
propenso a diminuir sua consciência, a limitar-se a acreditar no que as pessoas
lhe disseram, a acreditar na sua formação, no sistema em que foi criado, a
acreditar nas imagens que vê ao seu redor na cultura em que vive. Muitas vezes
essas imagens restringem a sua consciência até você finalmente acreditar que
não é mais do que seu corpo, suas células, ou seu gênero, sua profissão, seu
papel na sociedade, ou sua função como pai, mãe, homem ou mulher. Sem que o
perceba, sua consciência se contrai e você se esquece de onde veio e quem você
realmente é. Lembrar-se da sua verdadeira identidade é fundamental para tudo o
que você quer ser e deseja na sua vida. Esta é a base de onde tudo emerge.
Quando se lembra de quem você é, sua vida flui com facilidade e paz, a partir
da sua força natural, sem esforço.
Você está presente aqui
porque, de alguma forma, sentiu que deseja canalizar; que deseja abrir-se para
a corrente de energia que quer fluir através de você; que deseja dar uma voz a
ela, e ser um canal para ela. No fundo, este sentimento, este desejo que você
tem, é uma espécie de saudades do Lar, um desejo de voltar para o Lar. Ao
canalizar esse fluxo que lhe pertence, você se sente em casa consigo mesmo e na
Terra; você repousa no âmago do seu próprio ser e se conecta com o Céu e a
Terra. Em essência, este é o significado de canalizar – dar uma forma à energia
da sua alma, àquilo que transcende o seu eu terreno, àquilo que é maior do que
a forma humana terrena e que não é contido em um corpo num estado contraído. É
isto que deseja chegar a você e fluir através de você.
Você possui uma
personalidade terrena, moldada pelo passado e pelo que aprendeu através do
corpo que você tem (sua predisposição genética), e há também uma corrente que
vem da Eternidade, da sua alma. Esse fluxo quer dançar com a sua forma terrena.
Poderíamos dizer que é um fluxo do passado, e é determinado pelo passado, mas
que deseja fazer contato como o poder de algo maior… e que poderíamos chamar de
futuro. O futuro não é uma coisa fixa; é uma infinidade de possibilidades, de
potenciais. A palavra “futuro” representa uma grande e vasta possibilidade em
potencial, e liberdade! E você deseja fazer contato com esse futuro, como ser
humano que carrega em si sua herança do passado. E este desejo é o chamado da
sua alma. A interação é a seguinte: de um lado, o que é pequeno e limitado em
você, o que se contraiu devido ao salto para a esfera terrena; e, do outro
lado, a abertura para aquilo que é grande, que é vasto para além da compreensão
– o Misterioso – aquilo que você verdadeiramente é, independentemente da forma
no tempo. Esta é a dança que você pode chamar de canalização.
Portanto, é inevitável que
haja um encontro entre o que é grande e o que é pequeno. Em algum momento, sua
personalidade terrena é chamada pela alma e desafiada a abandonar as crenças
antigas, restritivas e negativas sobre si mesma. Só então o canal pode se abrir
e permitir que a energia vasta e magnífica de quem você realmente é flua
através de você. Isto é canalização, e este processo ancora-o na Terra.
Significa, basicamente, que você abandona seu eu antigo e emerge do seu casulo
como uma borboleta. É por isto que você tem vontade de canalizar ou de
fortalecer sua conexão com seus guias espirituais. Na verdade, isto é um
chamado da sua alma, que lhe diz: “Quero trazer para a Terra mais daquilo que
eu realmente sou.” Quando você diz isto, dá um passo para o desconhecido,
porque você só pode abrir este canal se também estiver disposto a ver o que foi
velado. O passo que lhe está sendo solicitado é: “você está disposto a mudar e
se entregar a um processo que não pode compreender?”
Quero lhe facilitar a
percepção e compreensão desse processo de encontro entre o eu grande e o eu
pequeno, por meio da imagem dos centros de energia localizados ao longo da sua
coluna vertebral, também chamados de chacras. Você pode visualizar sua coluna
vertebral como um canal. No topo dela está seu chacra coronário, o centro de
energia que se abre para o cósmico, o universal e, através do qual, você se
sente conectado com o Todo e com sua alma. Na base da sua coluna, encontra-se o
cóccix ou chacra raiz. Lá, a energia é mais compactada, ou “sólida”, e você é
completamente parte da Terra, do material, do físico.
Sinta, por um momento, a diferença
entre a energia da coroa, no topo da sua cabeça, e a do cóccix, na parte
inferior da sua coluna. Você pode perceber como estamos nos referindo a níveis
bem diferentes de ser. Para canalizar a energia do seu eu mais profundo através
do seu corpo, esta energia precisa, por assim dizer, descer os degraus de uma
escada que vai do seu chacra mais elevado – a coroa – para o mais baixo – o do
cóccix. Você pode visualizar literalmente uma escada descendo pela sua coluna,
mas saiba que estou usando essa imagem de forma simbólica, porque, na verdade,
trata-se de integrar seu Eu Cósmico com seu eu terreno.
É verdade que muitos de
vocês conseguem facilmente fazer contato entre seus chacras ou centros de
energia “superiores”, e o que podemos chamar de Cósmico, aquela dimensão além
da Terra, que pode se manifestar na forma de um mestre amoroso, um guia, anjos,
ou seu próprio Eu Superior. Sinta, em si mesmo, os centros de energia que se
encontram no topo da sua cabeça e entre seus olhos (nesse ponto localiza-se o
terceiro olho); e sinta também aqueles que estão na sua garganta e no seu
coração. Estes são os chacras localizados na parte superior do seu corpo. Tente
entrar em contato apenas com essa área superior do seu corpo. Não precisa fazer
nada, simplesmente observe-a e perceba uma vastidão, a partir da qual você se
conecta quando canaliza. Olhe para si mesmo de um modo calmo e neutro, para ver
o que acontece na região superior do seu corpo quando faz contato com um guia
ou mestre, ou seu Eu Superior. Veja como a energia o preenche: no seu coração,
na sua garganta, cabeça e coroa. Apenas observe a si mesmo de uma certa
distância e veja como esse contato acontece.
Vamos agora descer para os
chacras “inferiores”. Existem três centros de energia localizados na parte
inferior do seu corpo: um no estômago, também chamado de plexo solar; outro
mais abaixo, no seu abdome, chamado chacra umbilical, e o mais baixo, o chacra
do cóccix [raiz]. Entre em contato com essa área descendo conscientemente para
dentro dela. Você só precisa estar lá, não precisa fazer nem mudar nada. Desça
até seu ventre e, então, veja se consegue ir ainda mais fundo, até seu cóccix.
Uma vez que tenha entrado em contato com essa região, olhe para si mesmo e
veja-se canalizando, e não tenha nenhuma dúvida de que está canalizando. Todos
vocês canalizam em momentos de inspiração e confiança. Simplesmente imagine que
você está agora em um momento desses.
Você já viu como a energia
flui nos chacras superiores. Agora observe como a energia flui nos chacras
inferiores no momento em que você se conecta como o Eu maior que deseja vir a
você. Essa energia consegue fluir completamente para dentro dos seus chacras
inferiores? Ela pode ser recebida inclusive pelo chacra do seu cóccix? Esta é a
pergunta que desejo fazer-lhe hoje.
Existe um lugar no seu
corpo, que geralmente é a linha divisória entre seus chacras superiores e
inferiores, e ele está localizado entre os chacras cardíaco e plexo solar. Esse
é o lugar de encontro entre a fonte superior que você deseja incorporar, e seu
eu inferior, terreno, contraído.
Nos chacras inferiores
encontram-se os medos que você teve no passado, o desencorajamento e a
insegurança. Veja se consegue observar isso em si mesmo. Hoje todos vocês
entraram em contato com uma fonte de energia no templo que visitaram [NT:
referindo-se a uma vivência realizada antes desta canalização]. Lá cada um de
vocês encontrou seu guia ou uma parte do seu Eu Superior. Invoque mais uma vez
esse sentimento que você teve, o contato que você fez lá. Essa energia deseja
pertencer a você, deseja vir a você. Veja em que ponto do seu corpo esse fluxo
de energia está tendo dificuldade. Imagine, por um momento, que essa energia
entra pelo seu chacra coronário. E então desce pelo seu terceiro olho, sua
garganta e para dentro do seu coração. Agora, dê uma boa olhada em como seu
plexo solar reage a essa energia. Existe alguma forma de resistência, protesto
ou medo na linha divisória entre os chakras superiores e inferiores? Em
seguida, observe seu ventre e veja como a energia é recebida aí. Percebe alguma
sensação ou ideia do tipo “isso não pode”, “isso não deve” ou “eu não consigo”?
Observe também o seu cóccix. Sinta o que pode haver ali que bloqueie o
recebimento dessa energia – e peço-lhe que observe esse bloqueio com aceitação
e carinho, sem julgamento nem crítica.
A essência do processo de
canalização é exatamente esta: o antigo encontra o novo, o passado encontra a
energia do futuro; o que está contraído encontra a energia da liberdade. Isto
acontece em você, no momento em que se abre e quer ser um canal para o seu eu
mais profundo, seu Eu maior. Saiba que algo que foi reprimido no passado sempre
se rebelará em você e virá à tona sob a forma de um pensamento ou emoção
negativos. Não condene isso. Orgulhe-se de si mesmo por ousar assumir esse
processo! Isto é ser corajoso, e isto é grandioso!
Quando tiver encontrado
aquele ponto bloqueado em si mesmo, leve sua atenção até ele. É provável que
possa sentir fisicamente esse lugar onde lhe é difícil abrir-se à sua própria
grandiosidade, ao que é livre, imperecível e pertence ao novo e ao futuro.
Muito delicadamente, envolva essa parte bloqueada com uma energia amistosa e
receptiva, e simplesmente envie-lhe um convite, sussurrando-lhe com suavidade,
doçura e sem nenhum tom de exigência: “Venha comigo”. Lembre-se da energia que
você sentiu hoje, no encontro com seu Eu Superior ou com seu guia [NT: mais uma
vez, referindo-se à vivência anterior à canalização]. Permita que essa mesma
energia esteja com a sua parte mais bloqueada, e sinta o calor fluir por ela.
Tudo é permitido aí, inclusive o medo, a raiva, e a dúvida. Se conseguir
manter-se presente com amor e abertura, você abrirá o canal mais amplamente. O
canal se abre tão amplamente quanto lhe for permitido pela sua parte que
estiver mais fechada.
Seja paciente e delicado com
o que o bloqueia; pois está aí por alguma razão e é bem-vindo. No fundo, todos
vocês, sem exceção, guardam um sentimento de indignidade que herdaram da
energia que prevaleceu durante muito tempo na Terra – uma energia de poder
manipulador e opressão – e todos vocês lutam com esse legado. Em algum lugar de
seus chakras inferiores, cada um de vocês encontrará esta convicção: “Eu não
sou digno; não sou suficientemente bom“; “Ainda não sou merecedor, porque ainda
não fiz tudo perfeito”; e é aqui que está a chave para todos vocês.
Onde encontrar essa crença,
você se defrontará com seu principal bloqueio. Mas, no momento em que
encontrá-lo e vivenciá-lo, poderá irradiar sua luz sobre ele. E fará isto com o
oposto daquelas afirmações imerecidas, confirmando seu próprio valor: “Eu sou
digno; eu sou bom do jeito que sou, completamente! Eu sou belo e
poderoso!”
Ouse elogiar-se! Ouse ter
orgulho de quem você é e de tudo o que já realizou! E assim o canal se abrirá
com amor – sim!
Grata por sua atenção.
Maria Madalena
© Pamela Kribbe
Tradução de Vera Corrêa
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Bênçãos de Amor e Luz
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